quinta-feira, 4 de abril de 2013

Causos brasileiros "made in Portugal"


Eu e minha prima Natália em Esposende
Amigos leitores, se no post anterior contei as peripécias de portugueses no Brasil, agora conto as minhas em Portugal. E não tenham dúvidas, foram muitas!

Eu e meus pais ficamos, por cerca de três semanas, passeando em Portugal, em 1999. Digo com franqueza, um dos países mais lindos que já visitei. A parte história é fenomenal! Mas os ruídos de linguagem e a “arquitetura de vanguarda” portuguesa renderam inúmeros causos, que conto agora para vocês.

Antes, uma nota técnica: todos nós temos aquela fase da vida na qual ansiamos por uma mudança radical no visual, certo? Pois é, eu fiz algo parecido naquela época. Eu, morena de olhos castanhos, fui a Portugal de cabelos ruivos e olhos azuis!

Tá, hoje eu morro de vergonha dessa fase, mas na época, eu havia comprado uma lente colorida com grau (já que usei óculos até a cirurgia de miopia) e a usei em todos os dias da viagem. Alguns achavam bonito, outros achavam que eu ficava com o olhar doentio do Bruce Banner quando
estava se transformando no Incrível Hulk. Olhando as fotos, acho que a segunda opção é uma descrição mais apurada, mas não estava nem aí pra isso na época.

Eu e meus pais estávamos jantando na casa de um dos meus muitos tios e, por coincidência, todos na casa tinham olhos azuis. Minha tia da vez, olhando para os meus “irresistíveis” olhos azuis e para os meus pais (ambos de olhos castanhos), me perguntou:

- Onde conseguistes estes olhos azuis?

Eu não me fiz de rogada. Respondi:

- Na ótica, tia!

Ela franziu o cenho e me respondeu, com um ar indulgente:

- Nesta família, todos nós temos olhos azuis. Eu, meu marido, meus filhos... até nossas vacas têm olho azul!

Pensei com meus botões: bom, pelo menos do meu lado da família não tem vacas, né? Afinal, se tudo é parente...

E se era parente, tínhamos que conhecer! Fomos apresentados às tais vacas que ficavam, vejam só, na garagem!

Explico: naquela época, havia muito “novo rico” em Portugal. Gente esbanjando dinheiro, comprando carros, casas, móveis feitos em Macau, na China e por aí vai. Mas o povo do campo não havia perdido os antigos hábitos e, entre eles, era o de ter algumas vaquinhas para fornecimento de leite. Fazia-se manteiga e queijo em casa também. Tudo longe, muito longe, de qualquer versão light ou diet. Comer pão com manteiga era um acontecimento: tão calórico que eu até transpirava. Mas
o sabor era divino!

E os carros? Ah, os carros na garagem: Mercedes, BMW, Ferrari. Todos estacionados lado a lado. O chão coberto de feno e o cheiro de cocô de vaca no ar. Tudo no mesmo lugar. Olhava para a Ferrari ao lado das vaquinhas... pena que não tirei uma foto, contando ninguém acredita!

Em outra visita, outra tia minha, também com vaquinhas na garagem, nos explicava, toda dengosa, o porquê de não viajar ao Brasil:

- Não posso sair, tenho que cuidar das minhas vaquinhas...

Disse a ela:

- Tia, vaquinhas não: mimosas!

Afinal, mimosa é muito mais meiguinho do que vaquinha. E já que são da família, custava dar um nome mais cuti-cuti? Sei que o nome mimosa pegou, pelo menos enquanto eu estava lá. Mas não durou muito: todas as mimosas foram para o “saco”, na época que a doença da vaca louca deu
as caras em Portugal, anos depois. Até onde sei, não existem mais vaquinhas na garagem por lá.

Fomos à casa de outro tio rico. Melhor dizendo, milionário. Como ele já morava no perímetro urbano, não tinha mimosas na garagem. Tinha uma frota particular, contudo. Carros de luxo. E, para deixar a frota abastecida, pasmem: tinha uma bomba de combustível particular em casa! Não é brincadeira, caro leitor. O sujeito tinha uma bomba de gasóleo (o nosso diesel) no quintal!

Agora no melhor estilo “véi, na boa”: alguém conhece uma pessoa que tenha bomba de combustível em casa? Pois é, eu conheci!

Fomos muitíssimo bem recebidos na “humilde residência”, que tinha 3 cozinhas, quartos e salas mil. Só que a maioria dos cômodos era utilizada como mostruário. Sabem aquelas salas que existem não para serem usufruídas, mas somente para serem exibidas? Então. Pareciam alas de museu, lindamente decorados e sem qualquer uso. Só faltava a cordinha de isolamento.

Foi nessa casa que eu vi a coisa mais surreal em termos de decoração. Havia, no piso térreo da casa, um hall de distribuição para vários cômodos. Área aberta, de passagem, com plantas. E, no meio do tal hall, uma gigantesca Jacuzzi. Isso mesmo, uma banheira no meio de uma área de passagem! Olhei aquilo e fiquei imaginando: quem é que toma banho nesse lugar? Perguntei à tia-da-vez, que respondeu:

- Ah, não usamos, mas achamos que fica muito giro (bonito)!

Ok, cada um faz o que quiser na sua casa, mas digo: modernidade não é o forte dos portugueses. Vejam o que aconteceu quando estava no Shopping Colombo, em Lisboa.

Estávamos passeando no tal shopping, que era sofisticado, por sinal. A decoração, temática brega-carnavalesca, era um pouco assustadora, pois tudo deveria remeter a Colombo. Isso permitiu aos decoradores reconstruir uma selva tropical em uma das alas do shopping, um negócio totalmente sem pé nem cabeça, digno do Tarzan. Mas isso não foi nada, o pior foi o que vi quando precisei usar o banheiro!

Fui até o dito cujo, devidamente sinalizado, e olhei a porta. Tinha uma janela, ou melhor, uma escotilha, parcialmente cheia d’água. Um peixe de plástico balançava conforme a porta se movia. Até aí, tudo bem. O choque veio quando entrei no banheiro.

Pensei que tivesse entrado numa cozinha!

Saí rapidamente e fechei a porta. Parei para pensar e fiquei olhando o movimento das pessoas, que entravam e saíam despreocupadamente. Olhei novamente para a indicação do banheiro. Não era possível que fosse uma cozinha! Entrei novamente.

Agora conto a vocês porque achei que se tratava de uma cozinha. A pia do banheiro era feita de acrílico transparente... recheada de ovos fritos!

Isso mesmo! Os ovos fritos eram uma espécie de “estampa” da pia. Enxertados no acrílico, vários ovos fritos, lado a lado, pareciam flutuar na minha frente. À minha volta, a mulherada lavava calmamente as mãos e eu, em estado de choque, tentava assimilar a informação de que ovos fritos decoravam a pia do banheiro feminino.

Uma das explicações que ouvi para a decoração inusitada foi a de que os ovos fritos faziam referência ao “ovo de Colombo”. Só podiam estar brincando com a minha cara!

Depois que visitamos alguns parentes, pegamos o carro e saímos para passear pelo país. Minha prima Natália, já apresentada a vocês no post anterior, nos acompanhou na viagem, como nossa guia nativa exclusiva. Minha mãe fez um roteiro caprichado do que veríamos e tivemos a oportunidade de visitar os tesouros mais espetaculares de Portugal. Como o Mosteiro da Batalha, por exemplo. Quando entrei nas tais “Capelas Imperfeitas”, maravilhosas, eu não me contive e disse em alto som:

- Imperfeitas aonde?

É de tirar o fôlego!

A Sé de Braga é outro marco histórico digno de uma visita. A catedral é forrada de obras de arte, e seu interior, em boa parte, foi feito com a nossa rica madeira, espoliada do Brasil na época colonial. Jacarandá e Pau-Brasil estão lá, transfiguradas em obras de arte, bem longe da sua origem. Ah, e tem o ouro também, certo? Ouro, muito ouro. Pedras preciosas. No museu anexo à catedral, tesouros magníficos, doados por fiéis, adornam os salões.

Um guia do museu, extremamente carrancudo, ladrava toda vez que, voluntária ou involuntariamente, algum turista esbarrasse ou tocasse um objeto. Era bem ríspido:

- Não pode por a mão!

Até aí tudo bem, afinal, o que está exposto deve ser admirado com os olhos, não com as mãos. Mas às vezes o toque era realmente involuntário, já que os corredores eram estreitos e nem sempre nos dávamos conta de que uma peça de mobiliário tão displicentemente colocada era um tesouro
incalculável. Então, com uma freqüência cada vez mais irritante, o guia nos presenteava com a sua “simpatia”. E isso começou a irritar a minha mãe. Até que, na próxima bronca do guia, minha mãe explodiu:

- Tudo isso aqui foi roubado do meu país! Se não parar de me importunar, eu vou é arrancar a parte que me cabe desse museu, como brasileira, e levar pra casa!

Milagrosamente, o guia parou de nos importunar. Mamãe não dava ponto sem nó...

Claro, os portugueses têm uma visão de metrópole quando o assunto é Brasil colonial. A prima Natália, com a maior naturalidade, nos disse:

- A colônia deve trabalhar para o benefício da metrópole!

Eu, lembrando das minhas aulas de história, retrucava:

- E desde quando algum nativo do Brasil pediu pra ser colônia?

A discussão rendia, mas ficava na cordialidade. E por falar em cordialidade, não era sempre que a achávamos por lá.

Em uma parada, minha mãe queria comprar um sanduíche. Em Portugal, é o “sandes”. O nosso misto quente lá é um “sandes de fiambre equeijo”. Mas mamãe queria um sandes de carne. E tinha lá uma opção: borrego.

Eu nunca tinha ouvido falar nessa carne. Nem meus pais. Mamãe, na maior inocência, perguntou:

- Por favor, o que é carne de borrego?

O atendente “miss simpatia” respondeu, ríspido:

- É carne de borrego, ora pois!

Lindo, não? Mas lembrem-se, mamãe não dava ponto sem nó. Disse em alto e bom som:

- Meu Deus, será que tão matando os burros pra fazer comida por aqui?

O atendente ficou sem graça e respondeu: era carne de cordeiro. Custava ter dito isso antes? Só depois ficamos sabendo que borrego era o mesmo que cordeiro e carneiro. A diferença está na idade do abate. Tá, aprendemos mais uma!

Mas foi durante uma visita a Évora que nossa família passou um perrengue de verdade. Com direito a envolvimento da polícia!

Vejam só. A cidade de Évora é toda fortificada. Muros medievais e romanos cercam a cidade, que só tem um ponto de entrada e saída. Ou seja: não dá para se perder. Para sair de lá, precisa passar por onde entrou. Nada mais fácil, certo?

Errado. Meu pai conseguiu essa proeza!

Quando chegamos a Évora, paramos o carro fora da cidade e fizemos toda a visita a pé. O carro ficou em lugar de fácil visualização, bem perto da porta principal. Assim, não dava para se perder: uma porta de entrada e saída, carro perto da tal porta.

Durante o nosso passeio, o grupo acabou se dispersando. Eu, mamãe e Natália fomos para um lado, papai para outro. Ele não tem paciência para admirar ruínas, então é costume dele andar sem olhar para trás. Só que, numa dessas, viu-se completamente só. Com um agravante: estava usando um sapato apertado.

Papai começou a nos procurar. Andou por Évora e nada. O sapato judiava, machucando os pés um bocado. E nada de conseguir encontrar a porta de entrada e saída da cidade.

Já não agüentando de dor nos pés, ele pediu a ajuda de um policial. Explicou que havia se perdido da família e estava com dores nos pés. O policial foi muito prestativo: colocou o meu pai no banco de trás da viatura e saiu dirigindo pela cidade. Mas como não tinha que lidar com ocorrências e queria mostrar serviço, o city tour durou mais de hora!

A viatura rodou a cidade e foi até a casa do comandante do batalhão. Depois circulou mais um pouco, e meu pai sempre no banco de trás. Para quem olhava a cena e não sabia da história, meu pai parecia o “meliante da vez”, preso pela diligente polícia, a caminho do xilindró.

Ao mesmo tempo, eu, mamãe e Natália, já no carro há tempos, esperávamos pela chegada do meu pai. Afinal, voltar para o carro seria o mais lógico a se fazer, certo? Mamãe, sempre com um senso de direção apuradíssimo, esbravejava:

- Como ele conseguiu se perder numa cidade com apenas uma porta de entrada e saída?

Eu até me ofereci para procurar. Voltei à cidade, olhando ao redor, vendo se dava de cara com ele. Tudo o que eu consegui foi um pé torcido no paralelepídedo, bem em frente a uma loja do Boticário (a brasileira mesmo). Voltei para o carro coaxando e sozinha.

Até que, mais de hora depois, papai chega ao nosso carro, ainda a bordo da viatura. Cara amuada, pés com bolhas de sangue, explica o ocorrido. O policial, feliz por ter esquentado o banco de trás da viatura, vai embora. E nós, finalmente, saímos em busca de descanso.

Continuando nosso passeio em Portugal, encontramos meu tio americano Tony e minha tia Isabel. Já falei deles em outros causos (
http://causosdafefa.blogspot.com.br/2013/03/carrrminha.html ehttp://causosdafefa.blogspot.com.br/2013/03/pedalando-em-nova-york.html), então vamos direto para os “finalmentes”, como dia Odorico Paraguaçu.

Meu tio Tony adorava uma boa refeição regada a vinho tinto. Sempre levava a família para comer fora e fez isso conosco em Portugal. Fomos a um restaurante conhecido por ele, onde a maior atração não era a comida, mas a garçonete! Creio que ela era também a proprietária, não tenho certeza. E o atendimento foi memorável, para dizer o mínimo!

Confesso que não sou muito fã de peixes (exceção ao salmão, esse vai até cru), mas era a especialidade da casa. Eu, sempre em luta contra a balança, pedi a ela que me servisse uma coca-cola diet. Ela me olhou e disse:

- Não tem, mas eu vou trazer!

Fiquei sem entender. Momentos depois ela volta com uma coca-cola normal, abre a garrafa e a coloca na minha frente, dizendo:

- “Ó qui, ó!” É diet! Acredita, viu?

E foi embora. Tomei a normal mesmo.

Meu pai, com a sua eterna mania “geração saúde”, via calorias e gordura para todo o lugar. Não queria tomar vinho por causa da diabetes, e fazia questão de deixar isso bem claro para todo mundo na mesa. Como se alguém ligasse.

A garçonete não deixou passar:

- Para gente frágil assim temos leitinho com canela, vai querer?

Gargalhada geral na mesa! Depois dessa, meu pai guardou a viola no saco e ficou quieto.

Na hora de fechar a conta, outro show da garçonete. Como as toalhas da mesa eram de papel, ela fez a conta na mesa mesmo, rabiscando na toalha, somando tudo e fazendo as contas com uma rapidez impressionante. Dava gosto de assistir! E sei que ela não errou na soma, porque meu tio Tony pagou sem questionar. Ele era muito bom na matemática e ninguém passava a perna nele.

Agora vou contar para vocês o “causo dos causos”  e encerrar o post. Mais um pouco e isso aqui vira um livro!

Após rodarmos Portugal de carro, voltamos para a casa do meu tio Malcemino. Foi ele quem nos emprestou o carro, e foi na casa dele que ficamos hospedados enquanto visitávamos a família.

Quando chegamos, encontramos minha prima Odília. Ela deveria ter uns seis anos, era uma graça e nos demos muito bem logo de cara. Corri para abraçá-la e ela me disse, como uma cara de “arteira” e com um sorriso no rosto:

- Ai, minha priminha brasileirinha, fofinha, gostosinha... deram tanto no meu cu!

COMO É QUE É?

Fiquei em estado de choque. Como assim, deram o quê aonde?

Diante da minha cara de espanto, outra tia me deu a explicação. Cu, em Portugal, é o equivalente a bumbum, traseiro, poupança aqui no Brasil. Traduzindo: Odília havia levado uns bons tapas no traseiro!

- Por quê? O que houve? - perguntei.

Eis o que aconteceu.

Antes de sairmos para passear de carro por Portugal, meu pai havia reencontrado um antigo colega de escola. Esse sujeito o levou para a casa dele e, conversa vai, conversa vem, levou meu pai para conhecer, vejam só, a sua máquina copiadora. Ele disse:

- Esta máquina copia qualquer coisa, ó pá!

Meu pai, então, lançou o desafio:

- Então copia essa nota de cem dólares aqui, ó pá!

O tal amigo pegou a nota do meu pai e fez uma cópia. Cortou as bordas, e até que ficou uma cópia razoável. Tirando o papel, claro, que era um mero sulfite.

- Vou guardar a nota, ó pá! - diz meu pai. E colocou a nota no bolso.

Quando chegou a casa do meu tio Malcemino, meu pai pegou a nota falsa, picou em pedaços miúdos e jogou tudo na lixeira do quarto. No dia seguinte, saímos para a viagem de carro.

A Odília, vendo aquele papel picado na lixeira, ficou interessada. Em fazer o quê? Montar o quebra-cabeças! Começou a juntar os pedacinhos de papel para ver que imagem iria formar. Dá pra ter uma ideia do quão tediosa é a vida no campo, não? A miúda estava juntando papel picado jogado no lixo!

Estava quase terminando quando meu tio Malcemino olhou aquilo e teve um surto. Deus do céu, a miúda picotou cem dólares das visitas!

E dá-lhe no cu da Odília... Não adiantou ela falar que já estava no lixo. Apanhou mesmo assim. Meu tio, em pânico, teve uma “brilhante” ideia: juntou os pedacinhos do dinheiro com durex (fita adesiva, pois durex em Portugal é o mesmo que camisinha) e fez o que lhe parecia lógico: foi ao banco tentar trocar o dinheiro.

Lá se foi meu tio para a Caixa Geral de Depósitos, nota remendada à mão, tentando amenizar o nosso suposto prejuízo. Chegando ao banco, pede para falar com o gerente, e explica a situação:

- A miúda lá de casa picou esta nota, preciso trocá-la!

O gerente recebe o mosaico de cem dólares para examinar. Olha com atenção... e decreta:

- Esta nota é falsa! O que pretendes? Dar-nos um golpe? Vou chamar a polícia!

Foi aí que “caiu a ficha” do meu tio. A miúda falava a verdade...

A solução encontrada por ele: fingir demência. Pura e simplesmente. Não tenho na memória o exato diálogo, mas como ele já tem muita idade, começou a se desculpar, a falar que não enxergava bem e a não se lembrar de quem era. E como era apenas uma nota picada, o gerente decidiu deixar passar. Para a nossa sorte. Já pensou se voltássemos para casa e encontrássemos meu tio, nosso anfitrião, no xilindró?

Foi por pouco!

Boa noite, pessoal!
 

2 comentários:

  1. Ai essa do dinheiro eu não me lembrava, mas é hilário!!!! Loraine.

    ResponderExcluir
  2. Kkkkkk... só vc msm amiga!!! Eve.

    ResponderExcluir