Historinha para reflexão...
Hoje estou indo mais cedo para casa. Fui ao dentista e tomei
tanta anestesia que até o meu olho está dormente!
Peguei meu famigerado
ônibus e, como sempre, evito ao máximo usar os bancos reservados para idosos e
deficientes. Não só por deferência, mas porque é muito custoso ter que
levantar, ceder o lugar e ficar em pé. Claro, se os assentos reservados para
idosos estão lotados com idosos, eu cedo o meu lugar. Mas se estão ocupados com
adolescentes retardados, faço questão de que essa gente ceda o lugar primeiro.
Questão de educação, certo?
Nem sempre...
Estava eu bela e
faceira lendo sobre a olimpíada no celular, quando vejo uma mulher falando em
tom ríspido para uma moça que estava sentada no banco dos idosos: "você
pode dar licença?"
O tom da voz me
chamou a atenção e passei a acompanhar a cena. Achei estranho a mulher pedir
licença, afinal, deveria ser mais nova do que eu.
A moça que estava sentada nada disse, apenas levantou e
cedeu o lugar.
Eu já ia intervir quando, em seguida, apareceu uma idosa
logo atrás da mulher ríspida que, imediatamente, sentou no banco preferencial.
Ou seja, o "passa fora" foi para liberar a cadeira para um idoso.
Nada mais justo que se peça o assento para um idoso, mas
precisa de toda essa rispidez? Nem tinha como a moça, até então sentada,
perceber que uma idosa se aproximava. Talvez até cedesse o lugar
espontaneamente se percebesse a situação, mas nem teve tempo, já levou o
ríspido "passa fora".
Eu mesma já tive
problema com idosos em filas. Certa vez, estava na fila do caixa quando uma
idosa, atropelando todo mundo sem o menor tato, se pôs no início da fila. Não
foi somente pegar o primeiro lugar da fila, ela foi dando cotovelada, ombreada
e mais alguns "adas" nas outras pessoas que aguardavam a vez no
caixa. Achei um absurdo aquela atitude e falei para a idosa: "mas por que
essa truculência toda?"
A mulher respondeu
brava: "sou idosa, tenho o direito de passar na frente"!
Eu simplesmente
respondi: "realmente, a senhora tem o direito a ser atendida antes. Mas
não o direito de ser sem educação! Bastava pedir que daríamos o lugar na fila.
Grosseira é desnecessária e, alguém com a sua idade, já deveria ter aprendido
bons modos!"
A idosa fechou a
cara, me falou um palavrão e foi embora.
Até entendo que os idosos possam estar cheios de verem seus
direitos desrespeitados. Gente jovem estacionando na vaga de idoso, por
exemplo, tem aos montes. Mas não é perdendo a compostura ou sendo o
"baluarte da grosseria" que os idosos ganham o respeito dos mais
velhos. É pelo exemplo. Ou, como faz meu pai de 68 anos: "se estaciona
quem não pode na vaga de idoso eu chamo a polícia!"
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