quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Assento preferencial

Post de 01/08, escrito no ônibus:


Historinha para reflexão...


Hoje estou indo mais cedo para casa. Fui ao dentista e tomei tanta anestesia que até o meu olho está dormente!

 Peguei meu famigerado ônibus e, como sempre, evito ao máximo usar os bancos reservados para idosos e deficientes. Não só por deferência, mas porque é muito custoso ter que levantar, ceder o lugar e ficar em pé. Claro, se os assentos reservados para idosos estão lotados com idosos, eu cedo o meu lugar. Mas se estão ocupados com adolescentes retardados, faço questão de que essa gente ceda o lugar primeiro. Questão de educação, certo?

 Nem sempre...

 Estava eu bela e faceira lendo sobre a olimpíada no celular, quando vejo uma mulher falando em tom ríspido para uma moça que estava sentada no banco dos idosos: "você pode dar licença?"

 O tom da voz me chamou a atenção e passei a acompanhar a cena. Achei estranho a mulher pedir licença, afinal, deveria ser mais nova do que eu.

A moça que estava sentada nada disse, apenas levantou e cedeu o lugar.

Eu já ia intervir quando, em seguida, apareceu uma idosa logo atrás da mulher ríspida que, imediatamente, sentou no banco preferencial. Ou seja, o "passa fora" foi para liberar a cadeira para um idoso.

Nada mais justo que se peça o assento para um idoso, mas precisa de toda essa rispidez? Nem tinha como a moça, até então sentada, perceber que uma idosa se aproximava. Talvez até cedesse o lugar espontaneamente se percebesse a situação, mas nem teve tempo, já levou o ríspido "passa fora".

 Eu mesma já tive problema com idosos em filas. Certa vez, estava na fila do caixa quando uma idosa, atropelando todo mundo sem o menor tato, se pôs no início da fila. Não foi somente pegar o primeiro lugar da fila, ela foi dando cotovelada, ombreada e mais alguns "adas" nas outras pessoas que aguardavam a vez no caixa. Achei um absurdo aquela atitude e falei para a idosa: "mas por que essa truculência toda?"

 A mulher respondeu brava: "sou idosa, tenho o direito de passar na frente"!

 Eu simplesmente respondi: "realmente, a senhora tem o direito a ser atendida antes. Mas não o direito de ser sem educação! Bastava pedir que daríamos o lugar na fila. Grosseira é desnecessária e, alguém com a sua idade, já deveria ter aprendido bons modos!"

 A idosa fechou a cara, me falou um palavrão e foi embora.

Até entendo que os idosos possam estar cheios de verem seus direitos desrespeitados. Gente jovem estacionando na vaga de idoso, por exemplo, tem aos montes. Mas não é perdendo a compostura ou sendo o "baluarte da grosseria" que os idosos ganham o respeito dos mais velhos. É pelo exemplo. Ou, como faz meu pai de 68 anos: "se estaciona quem não pode na vaga de idoso eu chamo a polícia!"

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