quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Salvem o meu cabelo!

Post de 09/12:


Causo pavoroso!

 E não é força de expressão. Foi assustador, horripilante, terrível!

 Duvidam?

 Então vejam só o que ocorreu.

Há anos, trato o meu cabelo com o mesmo profissional: o Marcelo. Ele foi o responsável por domar o meu cabelo, passando do estilo Pica-pau/Chitãozinho e Xororó para algo apresentável.

Mas a criatura que vos fala quis tentar algo novo. Com outra cabeleireira.

Afinal, o Marcelo é do Jacques Janine. Toda vez que eu vou fazer a "funilaria", me dá arrepios na hora de pagar a "franquia". Sério, mandar consertar meu carro fica praticante o mesmo preço.

Mas nem se atrevam a falar que eu sou uma "trombada", heim? Vai sobrar hadouken pra todo mundo!

 Bom, de volta ao causo.

Enfim, tem essa profissional, a Sandra, amiga da Fátima. Ela vai na casa das pessoas fazer o cabelo. Cuida das madeixas da Fátima e da Daniella e, nelas, fez um ótimo trabalho.

Aí eu pensei, por que não experimentar? Afinal, deve ser bem confortável ter a cabeleireira em casa. E sairia bem mais barato!

 Decidi tentar.

Na primeira visita, semana passada, fiz a escova progressiva. Foi essa técnica que me livrou dos grilhões do secador e dos bobs. Consigo acordar de manhã e pentear o cabelo sem ter que molhá-lo ou travar uma guerra de foice com a escova. Admito, a escova ficou ótima. Deveria ter feito as luzes no mesmo dia, mas não deu tempo. Então combinei de fazê-las na próxima semana (o que foi ontem).

O que eu pedi a ela: que retocasse meu cabelo. Apenas retocasse. Pedi que meu cabelo ficasse igual, não queria mudanças. E ela me garantiu que faria exatamente isso.

Fiquei tranquila. Ela seguiu todo o protocolo das luzes e do tonalizante. Fizemos todo o procedimento no meu salão de festas, sem espelho na minha frente. Não tinha porque suspeitar de que algo estava incrivelmente errado.

Pois é...

 Quando me vi no espelho, na penumbra, achei que tinha ficado bom. Estava toda feliz, até ir conferir o resultado no sol.

Aaaaarggghhuhh!!!!

 A mulher me deixou com a raiz de cor LARANJA!

Sabem a água que sobra do cozimento de salsicha? AQUELA cor. E as pontas? Estavam VERDES!!! Aquele verde radioativo de caneta marca texto!!!

 Entrei em estado de choque. Todo o cuidado que eu tive com o meu cabelo por quase uma década... Destruído!!

 A Sandra, obviamente, percebeu meu desagrado. Também entrou em choque. Não sabia o que dizer.

Olho pra ela e digo, com os olhos esbugalhados:

 - Mas... O que aconteceu? Que cor é essa?

 Ela tenta se justificar com o blá blá blá Whiskas Sachê de cabeleireira:

 - Eu precisava tonalizar mais claro para igualar as luzes pra manter a cor uniforme e ...

 Fiz sinal para que ela parasse. Não queria ouvir.

Ela queria "consertar" o meu cabelo, aplicando uma tinta mais escura. Dispensei a ideia de cara: a emenda certamente sairia pior do que o soneto.

 Entrei em estado automático de "polidez forçada", paguei o que devia e a levei, de carro, até o ponto. E só fiz isso em consideração à Fátima. Por mim, ela levaria um belo hadouken!

 Quando voltei, desabei!!

 Chorei copiosamente. Como posso estar com a cabeça cor laranja?? Nem o cabelo do Bozo é tão pavoroso!

 Meu pai fez uma "inspeção" no meu cabelo. E falou, com o tato que lhe é peculiar:

 - É... Ficou feio... Ela arrumou o cabelo da Dani e da Fá tão direitinho, mas tinha que cagar justo na tua cabeça?

 Ai...

 E agora, quem poderá me defender?

 O Marcelo!!

 Foi até meu pai que falou:

 - Vai lá no salão, eles consertam isso pra você!

 E, vendo meu estado abalado, arrematou:

 - Eu dirijo, antes que aconteça outra "trombada" hoje!

 Essa doeu...

 Troquei de roupa, prendi o cabelo para não chamar a atenção e lá fui eu em busca de socorro.

No caminho, mando um SMS para o Marcelo, contando o que aconteceu. Agora era torcer para que o meu cabelo tivesse salvação!

 Dei graças a Deus que o Shopping não é tão iluminado, ou teria que ter usado boné!

Cheguei na recepção do salão e a gerente veio me cumprimentar. Abraços e beijos depois, ela percebe meu nervosismo. Diz, naquela tom de "ai, amiga":

 - Nossa, Fê, há quanto tempo! O que você tem, porque essa cara?

 Respondi no mesmo tom:

 - Ah, vim me socorrer do Marcelo, amiga!

 Ela olha discretamente para o meu cabelo e, sabiamente, não comenta o "estado" do dito cujo.

Corro em direção ao Marcelo e digo:

 - Marcelo, socorro!!!

 Ele olha pra mim e diz:

 - Deus do céu, quem te deixou com essa cor de "loira do bairro"?

 Até que foi gentil... Meu cabelo estava pior que o da Carla Perez na época que ela balançava o "tchan".

 Ele me abraçou, deu aquela olhadinha de "você me traiu" e me acalmou. Meu cabelo tinha salvação!

 Lá se foi o meu loiro. Tive que tingir tudo na minha cor original, para me livrar do laranja e do verde. Depois, ele fez as luzes. Coisa leve. Não dá para forçar tanta química no meu esparso e fino cabelinho. Ou seja, para voltar ao que era, terei um longo caminho pela frente.

Após cinco horas de salão estou, pelo menos, apresentável. Nada de laranja e verde na cabeça. Por um momento, pensei que teria que incorporar a Baby Consuelo por uns tempos!

 Balanço final: prejuízo dobrado, já que tive que pagar novamente pelo que já deveria estar feito. Mas um ditado popular foi mais do que comprovado: o barato sai caro!

 E fim!

 Fim?

 Ainda não, tem o epílogo!

 Hoje eu queria pedalar. Mas não fui. E sabem por que?

 Foi tanta química no cabelo que eu passei parte da noite coçando a cabeça, no melhor estilo cão sarnento!

 E como não bastasse, o cachorro não me deixou dormir, apavorado por causa da ameaça de chuva.

Joguei a toalha e fiquei em casa. Não tenho mais idade para passar por toda essa emoção!

 Agora sim, acabou!

 Boa tarde a todos!

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