quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Eu te disse, não te disse?

Causo de 10/10:



Causo rápido, fresquinho, pá pum!

 Liga uma vara do Rio de Janeiro cobrando a devolução de uma carta precatória.

 Para quem não sabe, trata-se de ato que o juiz de lá pediu para o juiz daqui fazer. Pode ser citação, intimação, perícia e por aí vai.

 Bom, fui consultar a situação da carta, e descobri que nós devolvemos a bendita no dia 06/07/2011, ou seja, há mais de um ano! E só agora deram por falta... putz!

 Continuando...

 Fui atrás dos comprovantes de remessa. O pessoal da comunicação me ajudou, pois o ato era tão antigo que até o nosso sistema de correspondências já mudou! Como são muito organizados, na hora me forneceram os dados de remessa, o que comprova que a precatória foi remetida corretamente.

 Descobrimos que a precatória havia seguido para o TRF/SP no dia seguinte. De lá, deveria ter sido encaminhada para o RJ, conforme nosso organograma.

 Munida desses dados, entrei em contato com o TRF, para tentar fazer o rastreamento da correspondência.

 Eis o diálogo:

 Eu: Bom dia, com quem eu poderia falar a respeito de rastreamento de correspondência?

 Fulano: Comigo mesmo, sou Fulano.

 Eu: Fulano, bom dia! Nossa vara enviou uma correspondência...

 Fulano: Pode apostar que chegou!

 Eu nem havia terminado a frase!

 Continuei:

 Eu: Então, o destinatário ligou dizendo que não recebeu...

 Fulano: Ah, receberam sim!

 Insisti:

 Eu: A remessa para o TRF foi em 07/07/2011 para...

 Fulano: Receberam, pode ter certeza!

 Eu: ... para o Rio de Janeiro...

 Fulano: Receberam sim!

 Eu: ... e eles alegam que não receberam...

 Fulano: Receberam, com certeza! Passa o número do localizador!

 Parece atendimento de companhia aérea! Dei o número.

 Fulano: Vou pesquisar. Dá o seu telefone. Daqui a uma hora eu te ligo.

 Dei o telefone, agradeci os bons “préstimos” e encerrei a conversa.

 Palpite meu, mas acho que vou ficar esperando uma ligação do Godot...

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