Causo rápido, fresquinho, pá pum!
Liga uma vara do Rio de Janeiro cobrando a devolução de uma carta precatória.
Para quem não sabe, trata-se de ato que o juiz de lá pediu para o juiz daqui fazer. Pode ser citação, intimação, perícia e por aí vai.
Bom, fui consultar a situação da carta, e descobri que nós devolvemos a bendita no dia 06/07/2011, ou seja, há mais de um ano! E só agora deram por falta... putz!
Continuando...
Fui atrás dos comprovantes de remessa. O pessoal da comunicação me ajudou, pois o ato era tão antigo que até o nosso sistema de correspondências já mudou! Como são muito organizados, na hora me forneceram os dados de remessa, o que comprova que a precatória foi remetida corretamente.
Descobrimos que a precatória havia seguido para o TRF/SP no dia seguinte. De lá, deveria ter sido encaminhada para o RJ, conforme nosso organograma.
Munida desses dados, entrei em contato com o TRF, para tentar fazer o rastreamento da correspondência.
Eis o diálogo:
Eu: Bom dia, com quem eu poderia falar a respeito de rastreamento de correspondência?
Fulano: Comigo mesmo, sou Fulano.
Eu: Fulano, bom dia! Nossa vara enviou uma correspondência...
Fulano: Pode apostar que chegou!
Eu nem havia terminado a frase!
Continuei:
Eu: Então, o destinatário ligou dizendo que não recebeu...
Fulano: Ah, receberam sim!
Insisti:
Eu: A remessa para o TRF foi em 07/07/2011 para...
Fulano: Receberam, pode ter certeza!
Eu: ... para o Rio de Janeiro...
Fulano: Receberam sim!
Eu: ... e eles alegam que não receberam...
Fulano: Receberam, com certeza! Passa o número do localizador!
Parece atendimento de companhia aérea! Dei o número.
Fulano: Vou pesquisar. Dá o seu telefone. Daqui a uma hora eu te ligo.
Dei o telefone, agradeci os bons “préstimos” e encerrei a conversa.
Palpite meu, mas acho que vou ficar esperando uma ligação do Godot...
Nenhum comentário:
Postar um comentário